O alimento orgânico e a saúde humana

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A comercialização do alimento orgânico

A comercialização dos produtos orgânicos, na atualidade, tem se utilizado de significativa diversidade dos canais de comercialização. Além das vendas através de grandes redes de supermercados, de lojas de produtos naturais, de feiras de produtores orgânicos, de entregas a domicílio em cestas orgânicas de caráter periódico, constatamos na cidade de São Paulo, até a existência de bancas de produtos orgânicos em feiras livres convencionais e, no mercado municipal central, com grande diversidade de frutas de varias regiões brasileiras.

A Biomarket inova ao comercializar produtos orgânicos também via internet pelo seu e-commerce.

O evidente aumento da demanda de alimentos orgânicos pelo mercado consumidor, em decorrência de sua sensibilização pela efetiva qualidade nutricional, social e ambiental trazida pelo produto orgânico, ao lado do desenvolvimento do conceito de slowfood, está provocando a disseminação crescente também da gastronomia orgânica e estimulando a entrada de novos produtores orgânicos no mercado.

A renomada Feira do Produtor Orgânico da AAO, que desde 1991 opera no Parque da Água Branca, mantém uma forma de comercialização direta entre produtores e consumidores, com troca de informações, receitas, endereços, e conhecimentos que tem sido geradora de fortes laços de amizade e de compromissos recíprocos através de relações prazerosas e de alto nível de fidelização recíproca. O diálogo entre produtores e consumidores tanto nas feiras quanto em seu espaço cultural do café orgânico tem possibilitado a consolidação de maiores níveis de respeito e compromisso entre ambos; o produtor aprende a respeitar as necessidades do consumidor e este a respeitar e valorizar o trabalho desenvolvido pelo produtor, que lhe fornece produto mais saudável, saboroso, durável e obtido através de processos produtivos preservadores do meio ambiente e portanto geradores de serviços ambientais de qualidade de vida para toda a população de seu entorno.

Alimento Orgânico

Não é simplesmente um alimento sem agrotóxico, é o resultado de um sistema de produção agrícola que busca manejar de forma equilibrada o solo e os demais recursos naturais: água potável, ar puro, radiações dos astros do sistema solar, solo, topografia, clima, biodiversidade mineral, vegetal, animal, insetos e de microvida, conservando-os no longo prazo e mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos.

Como se produz organicamente?

  • Com uso de adubos, corretivos de solo e defensivos, todos de origem natural e local, sem substâncias químicas sintéticas tóxicas, para não contaminar o meio, nem os produtos gerados, as pessoas que os manipulam e ou aqueles que os consomem;
  • Com uso de sementes variadas, produtivas, selecionadas a partir de banco de semente gerado localmente;
  • Em área adequada, segundo normas técnicas de organicidade, sanidade e sustentabilidade, primando pela diversidade de espécies e seus efeitos alelopáticos, para assegurar bom desenvolvimento e abastecimento com nutrientes diversificados a boa alimentação humana (dieta com vitaminas, enzimas, sois minerais, proteínas e fibras);
  • Em condições de clima e estação do ano adequada, compatível com as espécies pretendidas;
  • Cuidando para que as espécies medicinais possam contribuir com o resgate das tradições populares de saúde familiar com fitoterapias;
  • Com uso adequado de ferramentas, insumos, materiais e equipamentos de proteção individual;
  • Com a difusão de uma cultura de estimulo à prática da ética, estética, ecologia e educação para criar condições de sanidade, segurança, dignidade e aprendizados permanentes tanto nos processos produtivos quanto nos de comercialização e de gestão;
  • Com o compromisso da difusão do saber construído, durante todas os etapas do processo produtivo, a todos os seus participantes, “assegurando, para todos, o acesso ao empoderamento tecnológico, planificador e gestor da produção orgânica*;
  • As práticas da agricultura orgânica, também sob denominação de biológica, ecológica, natural, biodinâmica, agroecológica, dentre outras comprometidas com a sustentabilidade local da espécie humana na terra, implicam em: uso da adubação verde com uso de leguminosas fixadoras de nitrogênio atmosférico, adubação orgânica com uso de compostagem da matéria orgânica e minhocultura, manejo adequado do solo para assegurar sua estrutura, fertilidade e porosidade, manejo da vegetação nativa, cobertura morta, cultivos em curvas de níveis, plantio direto, irrigação por gotejamento ou técnicas econômicas de água, rotação de culturas, cultivos protegidos para controle da luminosidade, temperatura, umidade, pluviosidade, intempéries, e demais tecnologias apropriadas à realidade local de topografia, clima, estação climática c hábitos culturais de sua população.

O alimento orgânico e a saúde humana

As doenças relacionadas com o estilo de vida têm aumentado, sendo considerado um grave problema para a sociedade atual. Enfermidades que se relacionam com a vida diária, e com a maneira de se alimentar, exercitar, descansar, além do stress causado pela agitação da modernidade, tem incidido diretamente na relação do indivíduo e das famílias com a “alimentação”. A agricultura orgânica almeja o equilíbrio e desenvolvimento sustentável do meio ambiente: fauna, flora e ser humano onde todos possam interagir com respeito. A nutrição é o resultado da interação entre o alimento e o organismo. Isto é, o mesmo alimento pode produzir efeitos distintos em pessoas diferentes em virtude de sua condição e predisposição. A qualidade do alimento interage dinamicamente com a condição daquele que o consome, com isso a escolha de um alimento relaciona-se a constituição pessoal e as forças e fraquezas circunstanciais. Portanto necessita ser individualizada. Com o objetivo de preservar por mais tempo os alimentos, modificar as propriedades, cores, sabor, e até textura, tem-se utilizado agrotóxicos e substâncias químicas que fazem essas alterações no alimento para despertar maior interesse das indústrias e, em contrapartida, dos olhos do consumidor final.

O consumo de alimentos com agrotóxicos pode causar prejuízos a saúde, desde uma simples alergia momentânea até doenças crônicas, disfunções neurológicas, câncer, sobrecarga hepática, entre outras.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA é o órgão que regulamenta os limites toleráveis e substâncias químicas permitidas para serem usadas na lavoura, porém como podemos comprovar nem sempre isto é respeitado, e o consumidor final é o mais prejudicado.

Um dos principais exemplos de agrotóxico prejudicial a saúde é o nitrato, utilizado na agricultura convencional para aumentar rapidamente a produtividade de hortaliças. Quando ingeridos, os nitratos passam à corrente sanguínea e podem ser reduzidos a nitritos, que são muito perigosos quando combinados com as aminas (formando nitrosaminas) sendo potencialmente carcinogênicos (Nutrição e Notícias, Ed. NutroServ).

A verdade é que o ser humano não foi programado para receber esta carga de agrotóxico e tantas outras substâncias químicas sintéticas ao longo de sua vida, aliado a tantos outros fatores estressantes; este é um dos principais motivos desencadeantes de tantas doenças contemporâneas.

Estudos estão fornecendo informações importantes e grandes benefícios ao homem. Assim como concluir que os alimentos orgânicos atuam positivamente na promoção da saúde, entender e respeitar o solo será de grande valia para o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente nos próximos anos. Sem dúvida, a principal conclusão de tudo isso é que está surgindo uma visão mais integrada sobre como promover a “verdadeira” saúde, do homem e do planeta.

É fundamental que o homem reconheça suas verdadeiras demandas essenciais, aquelas que o levarão a genuína realização, saúde, bem-estar e felicidade. Através do olhar ecológico percebemos que a felicidade e o bem-estar são fenômenos coletivos que ninguém pode conquistar isoladamente.

Desta forma podemos compreender que o alimento orgânico não é apenas mais um produto na gôndola do supermercado, mas sim uma atitude de vida diante de nós mesmos e de tudo aquilo que nos cerca.

Fonte: Cartilha Orgânicos

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